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sexta-feira, 24 de agosto de 2012

O LIXO É SUSTENTÁVEL

Somos sete bilhões de seres humanos empenhados em produzir toneladas de lixo diário nos mais variados modelos e nas mais estranhas espécies. Do copo plástico do cafezinho ao sofá desmantelado, do saco de supermercado ao carro despedaçado, do toco de cigarro a restos de comida, embalagens diversas e entulho de construção depositam-se à beira de rodovias, enchem-se contêineres, caminhões, lixões, usinas de reciclagem, rios, córregos, lagos e o mar. Gases-estufa, lixo atômico, usinas elétricas, carros e aviões, indústrias de todo tipo emitem CO2 e concorrem para o aquecimento global do planeta.
O lixo é sustentável por duas razões em consequência de nosso estilo de vida: lixo gera lixo, isto é, para recolher lixo precisa-se de algo que terminará no lixo; a reciclagem do lixo o transformará em nova modalidade que, depois de usada, será jogada no lixo. Esta corrente é sem fim e tem seu primeiro anel no próprio produtor de lixo: o homo sapiens.
As quantidades são enormes e escapam à capacidade aritmética e à possibilidade de imaginar o que significam em números. E o que mais assusta é o volume de lixo que não se vê. Há dejetos produzidos pela agricultura, mineração, indústria, energia elétrica e resíduos líquidos que alcançam cifras de bilhões de toneladas. Para onde vai esse lixo? Ao mar, à terra, ao ar.
Essas montanhas que os lixões do Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Brasília apresentam na TV para comover os produtores de lixo são apenas o que se vê. A ONU estima uma produção de lixo humano visível de 1 bilhão de toneladas por ano. Isto quer dizer o equivalente a 140 quilos por pessoa no período de um ano ou quase meio quilo por habitante dia.
O que se deve observar é que apenas pequena parte dessa montanha de lixo é reciclada. Mais de três quartas partes é puro desperdício. Vai para o chão. No Brasil, recolhem-se diariamente ao redor de 240 toneladas de lixo, ou seja, mais de um quilo por cidadão. No Distrito Federal, a média de produção diária de lixo visível por habitante é de um quilo.
Somos incansáveis na produção de lixo e sequer percebemos. Quando entramos no supermercado, na farmácia, no restaurante, no posto de gasolina, na sala de cinema ou teatro, na oficina, na loja de material elétrico, na gráfica, na livraria, no automóvel, ou saímos à rua, ou pegamos a estrada para curtir as férias, grande parte do que compramos é ou será lixo. O lixo é insinuante, nos engana e seduz. Produzimos lixo desde o berço. Nossa casa é uma indústria de lixo que será aperfeiçoada na escola, receberá diploma acadêmico na universidade e será remunerada com altos salários em nossa vida profissional.
Há, porém, uma espécie de lixo do qual pouco se fala por discrição, pudor, vergonha ou delicadeza social. Não menciono os cemitérios para não ofender a reputação dos mortos ilustres. Aldous Huxley – Admirável mundo novo – introduziu nos majestosos edifícios do Crematório de Slough equipamentos para transformar o P2 e o O2 em fósforo ao invés de poluir o ar da Inglaterra. Os filtros extraiam mais de um quilo e meio de fósforo por corpo de adulto cremado.
Refiro-me, com circunspecção, a outro tipo de dejeto produzido do qual não estão livres reis, papas, presidentes, pobres e ricos, grandes e pequenos, precedido ou seguido de flatos cujo gás inunda os ares. A flatulência gasosa se soma ao dejeto sólido. Esse lixo invisível, à razão de 250 gramas diários, produzidos por 190 milhões de cidadãos brasileiros, coletados em vasos de porcelana, é ainda desaproveitado. Alguns rios que outrora passavam sonhadoramente por nossas cidades hoje cumprem o sanitário dever de levar ao mar milhões de metros cúbicos de restos que o organismo humano despreza. Temos tecnologia para aproveitar os dejetos de aves, bovinos e porcinos, ovinos e muares, mas as fezes do homo sapiens ainda jazem sob os nossos pés ou misturadas com as águas recicladas rio abaixo. A Microsoft está patrocinando a construção de sanitários capazes de converter fezes e urina em fertilizante. O futuro da tecnologia está assegurado
Tudo somado, o visível e o invisível, conclui-se que o lixo em sua multifária variedade e inacreditável tamanho é um produto autossustentável, renovável, durável e abundante. É um potencial inesgotável mais que o petróleo para o futuro do crescimento da economia, da importação e exportação, dos investimentos públicos e privados e para um PIB mundial e nacional robusto e otimista.

Dia da Infância

24 de Agosto - Dia da Infância - Declaração Universal dos direitos da criança


1) Toda criança tem direito à igualdade, sem distinção de raça, religião ou nacionalidade.

2) Toda criança tem direito à especial proteção para o seu desenvolvimento físico, mental e social.

3) Toda criança tem direito a um nome e a uma nacionalidade.

4) Toda criança tem direito à alimentação, moradia e assistência médica adequadas para a criança e a mãe.

5) Toda criança tem direito à educação e a cuidados especiais para a criança física ou mentalmente deficiente.

6) Toda criança tem direito ao amor e à compreensão por parte dos pais e da sociedade.

7) Toda criança tem direito à educação gratuita e ao lazer infantil.

8) Toda criança tem direito a ser socorrido em primeiro lugar, em caso de catástrofes.

9) Toda criança tem direito a ser protegida contra o abandono e a exploração no trabalho.

10) Toda criança tem direito a crescer dentro de um espírito de solidariedade, compreensão, amizade e justiça entre os povos.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Exposição MASP

CARAVAGGIO E SEUS SEGUIDORES

Período:
02 de agosto a 30 de setembro de 2012 - MASP - São Paulo

Passando por diversas fases da vida do gênio, a mostra pode ser divida em três grandes blocos: trabalhos consagrados e conhecidos; novas descobertas; e obras “problema”, que ainda são objeto de estudo. Com curadoria de Fábio Magalhães no Brasil e Giorgio Leone na Itália, a exposição foi idealizada por Rossella Vodret, uma das principais autoridades em Caravaggio na Itália e chefe da Superintendência Especial para o Patrimônio Histórico, Artístico e Etnoantropológico e para o Pólo Museológico da Cidade de Roma.

Pela primeira vez fora da Itália, a famosa Medusa Murtola (recentemente identificada como a “Medusa original”) e oRetrato do Cardeal poderão ser vistos de 02 de agosto a 30 de setembro de 2012 no 1º andar do MASP. Para o curador italiano Giorgio Leone essa será oportunidade única para o público brasileiro: “Das obras produzidas por Caravaggio em seus 38 anos de vida, apenas 62 chegaram aos nossos dias”, diz.
Caravaggio usava sua técnica para impressionar o espectador: temática do cotidiano italiano de sua época; formato “ao natural” das figuras, à semelhança do espectador; a cena toda retratada em primeiro plano, para envolver emocionalmente quem a olha; fundo neutro ou escuro, destacando o tema representado, contrastando com o forte feixe de luz que iluminava o objeto principal da obra, evidenciando sua técnica do claro-escuro, que tornava tudo mais “real”, mais vivo.
No MASP também poderão ser vistos 14 artistas que foram influenciados por Caravaggio. Conhecidos como caravaggescos, cada um deles, utilizava o chiaroscuro de uma maneira particular, de acordo com sua própria cultura. “Dos caravaggescos sempre digo que era uma grande desventura para os artistas da época viver no mesmo período de um gênio. Eram grandes pintores, mas quando se tem o gênio, tudo fica obscurecido. Foi isso o que aconteceu. E é importante contextualizar para que o público compreenda a relação dos artistas da época com Caravaggio”, explica Vodret.
Caravaggio tinha um temperamento explosivo. Encrenqueiro, envolveu-se em uma série de brigas e processos jurídicos ao longo de sua vida, tendo que fugir de diversas cidades, inclusive Roma, onde sua cabeça tinha sido posta a prêmio. A despeito de sua vida conturbada, sua técnica ímpar e a maestria com que retratava as cenas e os personagens de suas obras preservam até hoje o encantamento e emoção que causavam no século XVII.

Bienal do livro

 

A Bienal do Livro

“Livros transformam o mundo, livros transformam pessoas” é o tema da 22ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, que acontece entre 9 e 19 de agosto no pavilhão de Exposições do Anhembi. Com uma programação abrangente, o evento mescla literatura com diversão, negócios, gastronomia e cultura.
A Bienal reunirá as principais editoras, livrarias e distribuidoras do país. São cerca de 480 expositores participantes que apresentarão para 800 mil visitantes seus mais importantes lançamentos em um espaço total de 60 mil m².

22ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo

De 9 a 19 de Agosto de 2012
Pavilhão de Exposições do Anhembi
Av. Olavo Fontoura, 1.209 - Santana - CEP 02012-021 São Paulo - SP

Horário de Visitação:de 09 a 18 de agosto, das 10h às 22h
dia 19 de agosto, das 10h às 20h, com entrada até as 18h